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Mostrando postagens de dezembro, 2018

Osho Zen Tarot - 70. Arcano Menor ― Orientação (Três de Arco-íris)

Você sente necessidade de procurar orientação, porque não sabe que o seu guia interior está escondido dentro de você.  É necessário encontrar esse guia interior, que eu chamo de “a sua testemunha”.  Chamo também de “o seu dharma”, seu Buda intrínseco.  É preciso acordar esse Buda, e a sua vida será banhada de bênçãos, de graças.  Sua vida tornar-se-á radiante de bem, de divindade, muito mais do que você seria capaz de imaginar.  É quase como luz. Se o seu quarto está escuro, basta trazer luz.  Até uma pequena vela servirá: toda a escuridão desaparece.  Tendo uma vela, você saberá onde fica a porta.  Não precisará pensar:  “Onde está a porta?”.  Só quem é cego pergunta onde está a porta.  Gente que tem olhos e dispõe de luz nem pensa nisso.  Alguma vez você já se perguntou onde fica a porta...!?  Você simplesmente levanta e sai.  Não dedica um pensamento sequer a semelhante questão.  Nem começa a tatear procurando a porta, ou a bater a cabeça contra a par

Osho Zen Tarot - 69. Arcano Menor ― Momento a Momento (Dois de Arco-íris)

O passado já se foi e o futuro ainda não chegou: ambos estão se movimentando desnecessariamente em direções que não existem.  Um existia, mas não existe mais, e o outro nem sequer começou a existir ainda.  A pessoa equilibrada é a que vive momento a momento, cuja atenção está voltada para o momento presente, que sempre está aqui e agora.  Onde quer que ela se encontre, toda a sua consciência, todo o seu ser está envolvido na realidade do aqui e na realidade do agora. Essa é a única direção certa.  Só um homem assim está habilitado a adentrar o portal dourado. O momento presente é o portal dourado.  O aqui agora é o portal dourado. ... E você só consegue estar no momento presente se não for ambicioso ― nenhuma meta a realizar, nenhuma pretensão de poder, de dinheiro, de prestígio, ou mesmo de iluminação, porque toda ambição coloca você no futuro.  Apenas um homem não ambicioso é capaz de permanecer no momento presente. Um homem que queira estar no momento presente não tem

Osho Zen Tarot - 68. Arcano Menor ― Consciência (Ás de Nuvens)

Nós viemos do desconhecido, e avançamos para o desconhecido.  Nós ainda voltaremos.  Já estivemos por aqui milhares de vezes, e voltaremos milhares de vezes.  O nosso ser essencial é imortal, mas nosso corpo, a nossa corporificação, é mortal.  As molduras em que nos colocamos, nossas casas, o corpo, a mente, são feitas de coisas materiais.  Essas coisas perderão a força, ficarão velhas, elas morrerão.  A sua consciência, porém, para a qual Bodhidharma usa a palavra “nãomente” ― o Buda Gautama também usou essa palavra, “não-mente” ― é algo que está além do corpo e da mente, algo que está além de tudo; essa “não-mente” é eterna.   Ela adquire uma expressão física, e torna a mergulhar depois no desconhecido.  Esse movimento, do desconhecido para o conhecido e do conhecido para o desconhecido, continua por toda a eternidade, a menos que a pessoa se torne iluminada.  Quando isso acontecer, essa será a sua última vida: essa flor não voltará mais.  A flor que se torna c

Osho Zen Tarot - 67. Arcano Menor ― Renascimento (Dez de Nuvens)

Segundo o Zen, você vem de lugar nenhum, e vai para lugar nenhum.  Você existe apenas agora, aqui: não vindo, nem indo.  As coisas todas vão passando por você; a sua consciência reflete o que passa, mas ela mesma não se identifica com isso. Quando um leão ruge diante de um espelho, você pensa que o espelho também ruge?  Ou quando o leão se afasta e aparece uma criança dançando, o espelho, esquecendo completamente o leão, passa a dançar com a criança ― você acredita que o espelho realmente dance com a criança? O espelho não faz nada, ele apenas reflete.  A sua consciência é apenas um espelho. Você nem vem, nem vai.  As coisas vêm e vão. Você se torna um jovem, você fica velho; você está vivo, você está morto. Todas essas situações são apenas reflexos num lago eterno de consciência. Osho Osho Live Zen, Volume, 2, Cap. 16 Comentário : Esta carta representa a evolução dos graus de consciência do modo como é descrita por Friedrich Nietzsche, em seu livro “Assim Falou Zarathu