Somos infelizes porque ficamos excessivamente encerrados em nós mesmos.
O que quero dizer quando falo que nós ficamos excessivamente encerrados em nós mesmos?
E o que acontece exatamente, quando ficamos excessivamente encerrados em nós mesmos?
Ou você vive a vida, ou fica encerrado em si mesmo ― as duas coisas ao mesmo tempo, são impossíveis.
Estar em si mesmo significa estar à parte, estar separado.
Estar em si mesmo significa tornar-se uma ilha.
Estar em si mesmo significa traçar uma linha divisória à sua volta.
Significa estabelecer uma distinção entre “isto eu sou” e “isto eu não sou”.
Significa estabelecer uma distinção entre “isto eu sou” e “isto eu não sou”.
Essa definição, essa fronteira entre “eu” e “eu não” circunscreve o território do “si mesmo” (self) ― o si mesmo isola.
E ele o torna congelado: você deixa de fluir.
Quando alguém está fluindo, o si mesmo não pode existir.
Com esse jeito de ser, as pessoas quase se transformaram em cubos de gelo.
Já não têm calor nenhum, não sentem nenhum amor ― têm medo do amor, porque amor é calor.
Com esse jeito de ser, as pessoas quase se transformaram em cubos de gelo.
Já não têm calor nenhum, não sentem nenhum amor ― têm medo do amor, porque amor é calor.
Se o calor se aproximar, elas começarão a derreter, e as fronteiras irão desaparecer.
As fronteiras desaparecem no amor; na alegria também, porque a alegria não é fria.
Osho Zen: The Path of Paradox, Volume 1, Cap. 5
Comentário:Em nossa sociedade, principalmente os homens têm sido ensinados a não chorar, a armar uma fachada de valentia quando são atingidos, e a não demonstrar que estão sofrendo.
Osho Zen: The Path of Paradox, Volume 1, Cap. 5
Comentário:Em nossa sociedade, principalmente os homens têm sido ensinados a não chorar, a armar uma fachada de valentia quando são atingidos, e a não demonstrar que estão sofrendo.
Mas as mulheres também podem cair nessa armadilha, e todos nós poderemos sentir vez por outra, que a única maneira de sobreviver é reprimir nossos sentimentos e emoções, de forma a que não nos possam ferir outra vez.
Se a dor for especialmente profunda, poderemos até mesmo tentar escondê-la de nós mesmos.
Isso poderá nos tornar gélidos, rígidos, porque lá no fundo sabemos que uma pequena fenda no gelo libertará a dor para que comece a circular outra vez dentro de nós.
As lágrimas com as cores do arco-íris no rosto desta figura encerram o segredo de como se libertar desse “isolamento glacial”.
As lágrimas, e apenas elas, têm o poder de derreter o gelo.
Chorar é bom, e não há motivos para envergonhar-se de suas lágrimas.
O choro nos ajuda a fazer passar a dor, permite-nos ter consideração por nós mesmos e, afinal, ajuda-nos na cura de nós mesmos.
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