Quando você está preguiçoso, o sabor é negativo: você simplesmente sente que não tem energia, sente-se entediado; sente-se sonolento; você simplesmente se sente morto.
Quando você está num estado de não-fazer, então, você está cheio de energia ― é um sabor muito positivo.
Você tem energia total, transbordante.
Você se sente radiante, borbulhante, vibrante.
Não há sonolência, você está perfeitamente consciente.
Você não está morto ― você está tremendamente vivo...
Há certa possibilidade de que a mente o iluda: ela pode racionalizar a preguiça como sendo não-fazer.
Ela é capaz de dizer “Eu me tornei um mestre Zen”, ou “Eu acredito no Tao”, mas você não estará enganando ninguém.
Apenas a você mesmo.
Esteja alerta, portanto.
Osho A Sudden Clash of Thunder, Cap. 8
Comentário:
O cavalheiro desta figura claramente acha que já conquistou tudo.
Senta-se na sua grande poltrona estofada e macia, à sombra do seu guarda-sol, com seus óculos escuros e seus chinelos cor-de-rosa, segurando um coquetel refrescante.
Não sente disposição para se levantar e fazer algo, porque acha que já fez tudo.
Ainda não se voltou para ver o espelho que está se partindo à sua direita, um sinal seguro de que essa posição que ele acha que finalmente galgou, está prestes a desmoronar e dissolver-se diante dos seus próprios olhos.
A mensagem desta carta é de que esse recanto à beira da piscina não é o seu destino final. A jornada não terminou ainda, como demonstra o pássaro branco voando na vastidão do céu.
Sua atitude autocomplacente certamente decorre de um sentimento verdadeiro de realização, mas agora já é hora de seguir em frente.
Não importa quão confortáveis sejam os chinelos, quão saboroso o seu coquetel: há ainda céus acima de céus esperando por serem explorados.
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