Olhe, apenas, à sua volta, olhe dentro dos olhos de uma criança, ou nos olhos da pessoa amada, nos de sua mãe, de um amigo ― ou ainda, simplesmente sinta uma árvore.
Alguma vez você já abraçou uma árvore?
Abrace uma árvore e, um dia, você perceberá que não foi apenas você que abraçou a árvore, mas que a árvore também responde, a árvore também o abraça.
Pela primeira vez então, você será capaz de saber que a árvore não se resume a uma forma, não é apenas uma determinada espécie de que os botânicos falam: ela é um Deus desconhecido ― tão verde ali no seu quintal, tão cheia de flores, tão próxima a você, que vive lhe acenando, que o tempo todo o está chamando.
Osho Dang Dang Doko Dang, Cap. 2
Comentário:
Uma “experiência” é coisa que pode ser registrada num caderno, ou fotografada e guardada num álbum.
O experienciar já é a própria sensação de deslumbramento, a emoção da comunhão, o toque delicado da nossa conexão com tudo o que nos rodeia.
A mulher desta carta não está apenas tocando a árvore: está em comunhão com ela, quase que se tornou uma entidade única com a árvore.
Trata-se de uma velha árvore, que presenciou muitos tempos difíceis.
O toque da mulher é suave, reverente, e o branco no avesso do seu manto espelha a pureza do seu coração.
Ela tem humildade, simplicidade ― e essa é a maneira correta de aproximar-se da natureza.
A natureza não faz rufarem tambores quando rebenta em flor, nem executa um réquiem quando as árvores se desfazem das folhas, no outono.
Quando, porém, nos aproximamos dela com o estado de espírito adequado, ela tem muitos segredos para compartilhar.
Se ultimamente você não tem ouvido a natureza sussurrando para você, este é um bom momento para dar a ela essa oportunidade.
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