Carta 32. Moralidade (Rainha das Nuvens)
Bodhidharma... transcende em muito os moralistas, os puritanos, as assim chamadas “boas pessoas”, os “fazedores do bem”.
Ele chegou à verdadeira raiz do problema.
A menos que a consciência desperte em você, toda a sua moralidade é falsa, toda a sua cultura é apenas uma camada muito fina que pode ser destruída por qualquer um.
Mas, uma vez que a sua moralidade seja fruto da sua consciência, não de uma certa disciplina, então, é coisa inteiramente diferente.
Nessa condição, você responderá a cada situação a partir da sua consciência.
E o que quer que você faça será bom.
A consciência não é capaz de fazer nada que seja ruim.
Esta é a beleza suprema da consciência: qualquer coisa que surja dela é simplesmente bela, simplesmente correta, e isso sem nenhum esforço, sem nenhum treinamento.
Assim, em vez de podar folhas e galhos, corte a raiz.
E para cortar a raiz, não existe caminho alternativo além de um único método: o método de manter-se alerta, de estar percebendo o que acontece, de estar consciente.
Osho Bodhidharma, The Greatest Zen Master, Cap. 15
Comentário:
A moralidade tem restringido aos estreitos limites da mente dessa mulher, toda a seiva e a energia da vida.Nesse confinamento, a moralidade não pode fluir, e com isso transformou-se numa “velha ameixa seca”.
Seu comportamento como um todo é muito “conveniente”, inflexível e severo, e ela está sempre pronta para ver cada situação apenas em branco e preto, como a joia que a figura traz em volta do pescoço.
A Rainha das Nuvens vive oculta na mente de todos nós que fomos criados com rígidos padrões a respeito do que é bom e do que é mau, de pecado e virtude, do que é aceitável e não aceitável, moral e imoral.
É importante lembrar que todos esses julgamentos da mente são apenas produtos do nosso condicionamento.
E nossos julgamentos, quer aplicados a nós mesmos ou aos outros, impedem-nos de experienciar a beleza e a natureza divina que habita dentro das pessoas.
Apenas quando rompemos a prisão do nosso condicionamento e alcançamos a verdade dos nossos próprios corações, é que podemos começar a enxergar a vida como ela realmente é.
Referências:
Este artigo em pdf encontrado na net faz referências ao site osho.com, de onde todos os textos foram extraídos na íntegra.
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