Carta 12. Nova Visão
Quando você se abre para o supremo, imediatamente ele se derrama dentro de você.
Você já não é mais um ser humano comum ― você transcendeu.
Seu insight transformou-se no insight da existência como um todo.
Agora, você não é mais um ser à parte ― você encontrou as suas raízes.
Não sendo assim ― o que é o mais comum ―, as pessoas vão vivendo sem raízes, sem saber de onde o seu coração continua recebendo energia, sem saber quem continua respirando em seu interior, sem conhecer a seiva da vida que está circulando dentro delas.
Não se trata do corpo, e não se trata da mente ― é alguma coisa transcendental a todas as dualidades, que se denomina bhagavat ― o bhagavat nas dez direções...
O seu ser interior, quando se abre, vivencia inicialmente duas direções: a altura e a profundidade.
Depois, devagarzinho, à medida que vai se acostumando com essa situação, você começa a olhar em volta, estendendo-se em todas as outras oito direções.
Quando você alcançar o ponto em que a sua altura e a sua profundidade se encontram, então, você poderá olhar em volta, para a própria circunferência do universo.
A partir desse momento, a sua consciência começará a desdobrar-se em todas as dez direções, mas o caminho terá sido só um.
Osho Zen: The Diamond Thunderbolt, Cap. 9
Comentário:
A figura desta carta está nascendo de novo, emergindo de suas raízes presas a terra e criando asas para voar em direção ao ilimitado.
As formas geométricas em volta do seu corpo mostram as muitas dimensões da vida que estão simultaneamente ao seu alcance.
O quadrado representa a parte física, o que está manifesto, o conhecido.
O círculo representa o não manifesto, o espírito, o espaço puro.
E o triângulo simboliza a natureza trina do universo: o manifesto, o não manifesto, e o ser humano que contém a ambos.
Você está tendo agora uma oportunidade para enxergar a vida em todas as suas dimensões, das suas profundezas às alturas.
Elas existem lado a lado, e, quando descobrimos pela experiência que o escuro e o difícil são tão necessários quanto o claro e o fácil, passamos a ter uma perspectiva muito diferente do mundo.
Ao deixarmos que todas as cores da vida penetrem em nós, tornamo-nos mais integrados.
Referências:
Este artigo em pdf encontrado na net faz referências ao site osho.com, de onde todos os textos foram extraídos na íntegra.
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