Carta 3. Criatividade
Criatividade é a qualidade que você traz para a atividade que está fazendo.
Trata-se de uma atitude, de uma disposição interior ― a maneira como você olha para as coisas...
Nem todo mundo pode ser um pintor ― e também não há necessidade disso.
Se todos fossem pintores, o mundo seria muito feio; e viver seria difícil.
E também não é todo mundo que pode ser dançarino, nem há necessidade disso.
Todos, porém, podem ser criativos.
Seja o que for que faça, se você o faz com alegria, se o faz com amor, se o seu ato de fazer não é meramente econômico, então ele é criativo.
Se algo cresce em seu íntimo como consequência, se isso lhe traz desenvolvimento, então é espiritual, é criativo, é divino.
Você se torna mais divino à medida que fica mais criativo.
Todas as religiões do mundo disseram que Deus é o criador.
Eu não sei se ele é ou não é o criador, mas de uma coisa eu sei: quanto mais criativo você se torna, mais divino você fica.
Quando sua criatividade chega a um clímax, quando a sua vida inteira se torna criativa, você está em Deus.
Ele deve ser, portanto, o criador, pois as pessoas que foram criativas estiveram mais
próximas dele.
próximas dele.
Ame o que você faz.
Assuma uma postura meditativa enquanto você estiver fazendo algo ― seja lá o que for!
Osho A Sudden Clash of Thunder, Cap. 4
Osho A Sudden Clash of Thunder, Cap. 4
Comentário:
A partir da alquimia de fogo e água na parte de baixo, até a luz divina que entra pela parte de cima, a figura desta carta está literalmente “possuída” pela força criativa.
Realmente, a experiência da criatividade é um mergulho no misterioso.
Técnica, treinamento e conhecimento são apenas instrumentos; o segredo é abandonar-se à energia que alimenta o nascimento de todas as coisas.
Essa energia não tem forma nem estrutura e, no entanto, todas as formas e estruturas nascem dela.
Pouco importa a forma de expressão particular que a sua criatividade assuma ― pode ser a pintura ou o canto, o plantio de um jardim ou a preparação de uma refeição.
O importante é estar aberto para aquilo que quer se expressar por seu intermédio.
Lembre-se de que não somos donos das nossas criações ― elas não nos pertencem.
A criatividade verdadeira nasce de uma união com o divino, com o místico e com o incognoscível.
Daí ser ela tanto uma alegria para quem cria, quanto uma bênção para os demais.
Referências:
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