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Tarô dos Orixás — Arcanos Menores - PAUS

A maioria dos baralhos apresenta figuras muito simples e padronizadas nos naipes, o que dá pouco alimento para a imaginação. Para fugir desse padrão, escolhi para a decoração dos naipes figuras relacionadas a alguns mitos e a objetos de culto brasileiros e africanos. Na descrição dos naipes, além do significado tradicional da carta, há uma descrição sucinta dessas figuras.


Paus 

Simboliza o elemento Fogo. 
No mundo exterior, representa o trabalho, a proteção; no interior, a intuição. 
No plano esotérico representa a atuação no mundo, o retorno para utilizar todas as qualidades que adquiriu. 
Como seu símbolo é o bastão, usei os bastões, cetros, machados (que simbolizam o pilar central do universo) e bengalas dos orixás. 
As figuras são orixás ligados ao fogo.

As Cartas:

1 — (Pilão de Oxalá) 
O pilão é a ferramenta de Oxalá. 
Início de fase de trabalho que tem boas perspectivas, mas exige empenho. 
Invenções, novas experiências. 

2 — (Machado de Xangô) 
O machado duplo de Xangô representa o eixo do mundo. 
Convite para trabalho em grupo, em que podem surgir rixas, rivalidades, aborrecimentos. 

3 — (Serpentes de Oxumarê) 
A ferramenta de Oxumarê é o bastão com duas serpentes. 
Uma ajuda eficiente, inovações, etc. trazem o fim dos problemas e o início do sucesso. 

4 — (As 4 Árvores Sagradas) 
As quatro plantas sagradas dos Iorubá (iroco, dendê, dracena, inhame). 
Contratos, associações e organizações garantem sucesso estável; segurança material. 

5 — (Cajado de Oxalá) 
Forma antiga do cajado de Oxalá com as quatro direções e o centro. 
Usar a inteligência para vencer disputas, lutas, especulações, jogos, e para evitar a queda que pode vir se tentar exceder objetivos. 

6 — (Vassoura de Nanã) 
Uma ferramenta de Nanã é a vassoura que limpa o mundo. 
Sucesso atrasado por indecisão, doença, obstáculos, medos ou traições. 

7 — (Ramo de Ossain) 
O símbolo de Ossain é um galho estilizado com um pássaro no alto. 
Intercâmbios, boas idéias, tudo para conquistar objetivo importante, se não for impulsivo. 

8 — (Ferramenta de Omolu) 
Uma ferramenta de Omolu é um conjunto de bastões ou bengalas. 
Os projetos podem ser ambiciosos, pois tem tudo para realizá-los: proteção, energia e atividade. 

9 — (Cajado de Exu) 
O cajado de Exu tem várias formas. 
Necessidade de calma, prudência e discrição para anular más influências e decidir entre caminhos ou tarefas com que se envolveu emocionalmente. 

10 — (Dono da Ordem) 
Forma antiga do machado de Xangô, com raios indicando as direções do mundo. 
Sucesso decorrente de mudanças de atitude após viagem ou contato com alguém. 
Pode sentir-se oprimido pelo resultado que perseguiu. 

PAJEM — Obá, a justiceira, é guerreira e mulher de Xangô. 
Jovem confiável, auxiliar no trabalho, fiel, pode alertar sobre possível fracasso devido às falhas no projeto ou à mesquinharia alheia. 

CAVALEIRO — Tempo, o clima, a natureza, está ligado igualmente aos quatro elementos. 
É o que se vai: rupturas e mudanças por causa de separações, discórdia ou competição por status. 
No fim, conquista dos frutos do trabalho. 

RAINHA — Iansã, a ventania e o temporal, é a companheira de Xangô. 
Mulher prática e trabalhadora, cuidadosa e boa, mas pode ser oportunista. 

REI — Xangô, o justiceiro, domina o fogo dos céus. 
Homem empreendedor e forte, é bem intencionado, mas impulsivo. 
Severo e protetor, honesto de trabalhador, aconselha e ajuda, mas quer dominar.





Lucia


Extraído de:
Tarô dos Orixás –  Eneida Duarte Gaspar, Editora Pallas.

Fonte primordial:
hospedado no 4shared.com por pehemaas-br.blogspot.com

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