O Louco (Inconsistência)
O Arcano da Busca e do Amor.
Descrição da simbologia — Ponto último ou inicial do tarô, O Louco se distingue pela ausência de cifra, para significar que está à margem de qualquer ordem ou sistema.
A alegoria mostra um homem de costas, mas com o rosto bem visível, caminhando com um bastão na mão e segurando no ombro um pau em cuja extremidade há uma sacola — símbolo de potencialidades.
Seu traje de cores desencontradas indica as influências múltiplas e incoerentes a que se submeteu.
Sua perna esquerda — inconsciente — é mordida por um cão, fato que poderia significar um resíduo de lucidez.
A situação a que se expôs não significa ausência de espiritualidade nem impossibilidade de salvação — seu estranho gorro e o cinto são amarelos.
O arcano é irracional, correspondendo ao instinto ativo e capaz de sublimação, mas também à cega impulsividade e à inconsciência.
Simboliza a utilização do anormal e do inconsciente para inverter uma ordem maligna reinante.
O Louco, segundo Frazer, possui o caráter das “vítimas de substituição” nos rituais de sacrifícios humanos.
A imagem de um homem solitário que atravessa os campos, sendo agredido por um animal, é, segundo Alberto Cousté, uma das contribuições mais originais do tarô. Provavelmente é uma alusão aos Clerici vagante — estudantes medievais inquietos e migratórios, sempre em busca de novos mestres ou novas tabernas.
Seu traje lembra o de um bufão, figura que fazia a caricatura da corte, de reis e senhores. Personagem singular.
O Louco não se preocupa com os perigos do caminho porque se sabe invulnerável e imortal e, por isso mesmo, está exposto a todo o tipo de faltas.
Representação abstrata — Representa o microcosmo como resumo de tudo o que existe. A não-identificação com a personalidade terrena.
Passividade, abandono absoluto, repouso, renúncia a toda resistência; irresponsabilidade, inocência, instintividade; capacidade mediúnica; abstenção, o não fazer.
Promessas que não se cumprem; inaptidão para se dirigir, perda do livre-arbítrio, joguete de forças estranhas, instrumento dos outros, incapacidade para resistir às influências sofridas; recebimento de favores com má intenção, perigo de se isolar da sociedade, incapacidade para reconhecer os erros; sentimentos sem duração, abandono voluntário dos bens materiais; extravagâncias, incoerência, desorientação total em muitas coisas; escravidão aos desejos, inconsciência, insegurança; despreocupação em relação à palavra dada; indiscrição que pode levar à ruína.
Interpretações divinatórias — Carta de instabilidade, com efeitos decepcionantes.
O homem, vergado sob o peso de obrigações e prazeres, cujas possibilidades não passam de ilusões.
No plano mental: julgamento egoísta e sem calor.
No plano anímico: sentimentos sem duração e risco de graves erros.
No plano físico: caos, separação, abandono voluntário.
No domínio dos sentimentos: deslealdade e adultério.
RESUMO:
Significado abstrato: o homem progredindo em seu processo de evolução.
Significado prático: atitudes impensadas, falta de ordem, compromissos não mantidos, insegurança.
Em posição invertida: indica que o consulente teve seu progresso barrado.
Moral: Irreflexão. Inconsistência.
Físico: Forte influência hereditária. Apatia. Neurastenia (Mau humor com irritabilidade fácil.).
Com as Cartas:
Lucia
Extraído de:
Tarô de Marselha – Revista Almanaque Planeta Tarô, 6ª Edição, Jul/1989.
Fonte primordial:
hospedado no 4shared.com por pehemaas-br.blogspot.com
O Arcano da Busca e do Amor.
Descrição da simbologia — Ponto último ou inicial do tarô, O Louco se distingue pela ausência de cifra, para significar que está à margem de qualquer ordem ou sistema.
A alegoria mostra um homem de costas, mas com o rosto bem visível, caminhando com um bastão na mão e segurando no ombro um pau em cuja extremidade há uma sacola — símbolo de potencialidades.
Seu traje de cores desencontradas indica as influências múltiplas e incoerentes a que se submeteu.
Sua perna esquerda — inconsciente — é mordida por um cão, fato que poderia significar um resíduo de lucidez.
A situação a que se expôs não significa ausência de espiritualidade nem impossibilidade de salvação — seu estranho gorro e o cinto são amarelos.
O arcano é irracional, correspondendo ao instinto ativo e capaz de sublimação, mas também à cega impulsividade e à inconsciência.
Simboliza a utilização do anormal e do inconsciente para inverter uma ordem maligna reinante.
O Louco, segundo Frazer, possui o caráter das “vítimas de substituição” nos rituais de sacrifícios humanos.
A imagem de um homem solitário que atravessa os campos, sendo agredido por um animal, é, segundo Alberto Cousté, uma das contribuições mais originais do tarô. Provavelmente é uma alusão aos Clerici vagante — estudantes medievais inquietos e migratórios, sempre em busca de novos mestres ou novas tabernas.
Seu traje lembra o de um bufão, figura que fazia a caricatura da corte, de reis e senhores. Personagem singular.
O Louco não se preocupa com os perigos do caminho porque se sabe invulnerável e imortal e, por isso mesmo, está exposto a todo o tipo de faltas.
Representação abstrata — Representa o microcosmo como resumo de tudo o que existe. A não-identificação com a personalidade terrena.
Passividade, abandono absoluto, repouso, renúncia a toda resistência; irresponsabilidade, inocência, instintividade; capacidade mediúnica; abstenção, o não fazer.
Promessas que não se cumprem; inaptidão para se dirigir, perda do livre-arbítrio, joguete de forças estranhas, instrumento dos outros, incapacidade para resistir às influências sofridas; recebimento de favores com má intenção, perigo de se isolar da sociedade, incapacidade para reconhecer os erros; sentimentos sem duração, abandono voluntário dos bens materiais; extravagâncias, incoerência, desorientação total em muitas coisas; escravidão aos desejos, inconsciência, insegurança; despreocupação em relação à palavra dada; indiscrição que pode levar à ruína.
Interpretações divinatórias — Carta de instabilidade, com efeitos decepcionantes.
O homem, vergado sob o peso de obrigações e prazeres, cujas possibilidades não passam de ilusões.
No plano mental: julgamento egoísta e sem calor.
No plano anímico: sentimentos sem duração e risco de graves erros.
No plano físico: caos, separação, abandono voluntário.
No domínio dos sentimentos: deslealdade e adultério.
RESUMO:
Significado abstrato: o homem progredindo em seu processo de evolução.
Significado prático: atitudes impensadas, falta de ordem, compromissos não mantidos, insegurança.
Em posição invertida: indica que o consulente teve seu progresso barrado.
Moral: Irreflexão. Inconsistência.
Físico: Forte influência hereditária. Apatia. Neurastenia (Mau humor com irritabilidade fácil.).
Com as Cartas:
- V (O Sumo Sacerdote): Voltar para a estrada certa.
- VII (O Carro): Antes da Carroça, ambas em posição normal: a) no plano material: importante notícia vinda de longe; b) no plano abstrato: ambas as cartas têm o mesmo objetivo — O Louco de forma descuidada, e A Carroça com plena consciência de sua força.
- IX (O Ermitão): Após O Ermitão, ambas em posição normal: um segredo descoberto será revelado publicamente. Em posição normal, após O Ermitão invertida: o segredo revelado não terá a divulgação esperada. Invertida, após O Ermitão em posição normal: calúnia e difamação, mas sem efeito. Antes do Ermitão, ambas em posição normal: acontecimentos passados são esquecidos.
- X (A Roda da Fortuna): Saúde melhor.
- XV (O Diabo): Casamento ou romance infeliz.
- XIX (O Sol): Antes do Sol, ambas normais: a) no plano material: acontecimento inesperado, algo que favorece e serve como apoio e conforto; b) no plano abstrato: o consulente progride no sentido do conhecimento e da consciência de tudo.
- XX (O Julgamento): Ajuda inesperada.
- XXI (O Mundo): Aperfeiçoamento de todos os lados.
Lucia
Extraído de:
Tarô de Marselha – Revista Almanaque Planeta Tarô, 6ª Edição, Jul/1989.
Fonte primordial:
hospedado no 4shared.com por pehemaas-br.blogspot.com
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