A Lua (Desapontamento)
O Arcano da Inteligência instintiva, dos ciclos vitais.
Descrição da simbologia — O arcano dezoito representa a Lua nas situações específicas simbolizada pelos outros elementos que compõem a estampa: a “via iniciática lunar”, carregada de um sentido negativo e fúnebre, em oposição à “via solar” do arcano dezenove.
Retrata o mundo das aparências que enganam.
A alegoria apresenta o astro noturno iluminando os objetos com sua luz refletida e indefinida.
Ao mesmo tempo cheia e crescente e apresentando um perfil provavelmente feminino, lança à terra dezenove manchas de cor em forma de lágrimas.
Abaixo dela, duas torres amarelas, uma de cada lado, perdem-se no horizonte. Diante das torres, dois cães ladram à Lua, e, abaixo destes, aparece um enorme caranguejo em meio às águas azuis.
As torres que se elevam ao fundo advertem que o domínio da Lua está guardado por perigos: atrás delas haveria lendas e contos cheios de fantasmas, uma montanha e um precipício, segundo interpretação de Wirth sobre o que não se vê na gravura. Segundo Cirlot, os cães são os guardiões (cães — deuses?), que impedem a passagem da Lua para o domínio do conhecimento — solar.
Já a relação do caranguejo com a Lua é antiga, aparecendo em ritos e lendas de numerosas culturas.
A Lua é o regente do signo de Câncer, representado por um caranguejo. O arcano todo está relacionado ao plano iniciático da via úmida — lunar —, e não abarca o vasto e interminável simbolismo deste astro. Segundo Ouspensky, trata-se de uma alegoria, da viagem heroica, relacionada com o simbolismo de trânsito e passagem: o tanque de água — matéria primordial; o caranguejo — devorador do transitório, como o escaravelho entre os egípcios; os cães que interceptam, a passagem — qualificadores da aptidão do viajante para enfrentar o mistério; as torres, cheias de ciladas e portas — meta, fronteira.
Representação abstrata — A impressionabilidade imaginativa que impede o ser de chegar ao que ele é.
Desdobramentos psíquicos, viagens extáticas, fantasias arbitrárias, vacilação constante, inquietudes, mudanças frequentes, imprevistos, adversidades; a noite, os sortilégios, as trevas, os feitiços; falta de energia, extravagâncias, falso saber, escravidão material; estado de consciência confuso, ideias quiméricas, lucidez sonâmbula.
No sentido positivo: crise da fé, onde só a intuição, e não a razão, pode salvar.
Interpretações divinatórias — Carta de miragens e de sonhos, indica um embuste dos circundantes.
Se estiver na companhia de boas cartas, pode ter o sentido apenas de multiplicação dos efeitos destas. Mas sempre se deve precaver das possibilidades de erro que ela encerra.
No plano mental: falta de lógica, excesso de imaginação e perigo de depender exclusivamente desta faculdade.
No plano anímico: forças do inconsciente tendendo a uma inversão de planos, a menos que esteja na companhia de cartas fortes como O Sumo Sacerdote, O Sol, O Mundo, O Carro, etc.
No plano físico: influências perniciosas, fraudes, enganos, alcoolismo, drogas e tudo o que se refere a estados de sono da alma; trevas e obscuridade; fecundidade e de gestação.
Em geral, recomenda mudança do ambiente ao qual ela se refere, e busca de lugares secos, ao sol.
RESUMO:
Significado abstrato: ilusão.
Significado prático: escândalo, denúncia ou revelação de um segredo.
É uma carta ruim, que denota estado de consciência confuso e agitado.
Em posição invertida: tentativa de realização. Os obstáculos acima referidos podem ser atenuados pela influência das outras cartas.
Esta carta é poderosa quando acompanhada pela Papisa (ou A Grã- Sacerdotisa), pela Casa de Deus ou pelo Enamorado.
Moral: Ansiedade. Obsessão.
Físico: Estado delicado de saúde.
Com as Cartas:
Lucia
Extraído de:
Tarô de Marselha – Revista Almanaque Planeta Tarô, 6ª Edição, Jul/1989.
Fonte primordial:
hospedado no 4shared.com por pehemaas-br.blogspot.com
O Arcano da Inteligência instintiva, dos ciclos vitais.
Descrição da simbologia — O arcano dezoito representa a Lua nas situações específicas simbolizada pelos outros elementos que compõem a estampa: a “via iniciática lunar”, carregada de um sentido negativo e fúnebre, em oposição à “via solar” do arcano dezenove.
Retrata o mundo das aparências que enganam.
A alegoria apresenta o astro noturno iluminando os objetos com sua luz refletida e indefinida.
Ao mesmo tempo cheia e crescente e apresentando um perfil provavelmente feminino, lança à terra dezenove manchas de cor em forma de lágrimas.
Abaixo dela, duas torres amarelas, uma de cada lado, perdem-se no horizonte. Diante das torres, dois cães ladram à Lua, e, abaixo destes, aparece um enorme caranguejo em meio às águas azuis.
As torres que se elevam ao fundo advertem que o domínio da Lua está guardado por perigos: atrás delas haveria lendas e contos cheios de fantasmas, uma montanha e um precipício, segundo interpretação de Wirth sobre o que não se vê na gravura. Segundo Cirlot, os cães são os guardiões (cães — deuses?), que impedem a passagem da Lua para o domínio do conhecimento — solar.
Já a relação do caranguejo com a Lua é antiga, aparecendo em ritos e lendas de numerosas culturas.
A Lua é o regente do signo de Câncer, representado por um caranguejo. O arcano todo está relacionado ao plano iniciático da via úmida — lunar —, e não abarca o vasto e interminável simbolismo deste astro. Segundo Ouspensky, trata-se de uma alegoria, da viagem heroica, relacionada com o simbolismo de trânsito e passagem: o tanque de água — matéria primordial; o caranguejo — devorador do transitório, como o escaravelho entre os egípcios; os cães que interceptam, a passagem — qualificadores da aptidão do viajante para enfrentar o mistério; as torres, cheias de ciladas e portas — meta, fronteira.
Representação abstrata — A impressionabilidade imaginativa que impede o ser de chegar ao que ele é.
Desdobramentos psíquicos, viagens extáticas, fantasias arbitrárias, vacilação constante, inquietudes, mudanças frequentes, imprevistos, adversidades; a noite, os sortilégios, as trevas, os feitiços; falta de energia, extravagâncias, falso saber, escravidão material; estado de consciência confuso, ideias quiméricas, lucidez sonâmbula.
No sentido positivo: crise da fé, onde só a intuição, e não a razão, pode salvar.
Interpretações divinatórias — Carta de miragens e de sonhos, indica um embuste dos circundantes.
Se estiver na companhia de boas cartas, pode ter o sentido apenas de multiplicação dos efeitos destas. Mas sempre se deve precaver das possibilidades de erro que ela encerra.
No plano mental: falta de lógica, excesso de imaginação e perigo de depender exclusivamente desta faculdade.
No plano anímico: forças do inconsciente tendendo a uma inversão de planos, a menos que esteja na companhia de cartas fortes como O Sumo Sacerdote, O Sol, O Mundo, O Carro, etc.
No plano físico: influências perniciosas, fraudes, enganos, alcoolismo, drogas e tudo o que se refere a estados de sono da alma; trevas e obscuridade; fecundidade e de gestação.
Em geral, recomenda mudança do ambiente ao qual ela se refere, e busca de lugares secos, ao sol.
RESUMO:
Significado abstrato: ilusão.
Significado prático: escândalo, denúncia ou revelação de um segredo.
É uma carta ruim, que denota estado de consciência confuso e agitado.
Em posição invertida: tentativa de realização. Os obstáculos acima referidos podem ser atenuados pela influência das outras cartas.
Esta carta é poderosa quando acompanhada pela Papisa (ou A Grã- Sacerdotisa), pela Casa de Deus ou pelo Enamorado.
Moral: Ansiedade. Obsessão.
Físico: Estado delicado de saúde.
Com as Cartas:
- II (A Grã-Sacerdotisa): Antes da Papisa, ambas na posição normal: apesar do desejo de guardar segredos, estes serão revelados.
- V (O Sumo Sacerdote): Diminuição de possibilidades de doença. Mágoas são curadas.
- VIII (A Justiça): Após A Justiça, ambas na posição normal: denúncia; justiça aparente; falso testemunho provoca uma condenação injusta; existência de fatos que não podem ser provados. Invertida, após A Justiça na posição normal: mesmos efeitos, atenuados pelo reconhecimento dos erros. Antes da Justiça, ambas invertidas: denúncias e falsos testemunhos perdem seus efeitos. Antes da Justiça, ambas normais: as duas cartas têm a mesma força nessa posição, e seu significado depende das cartas que as cercam. Se A Morte segue A Justiça, por exemplo, a pessoa atacada poderá cometer suicídio. Invertida, antes da Justiça em posição normal: apesar da delação e do falso testemunho, A Justiça triunfará. Em posição normal, antes da Justiça invertida: os fatos mencionados anteriormente triunfarão sobre A Justiça. Antes da Justiça, ambas invertidas: os escândalos serão esquecidos.
- X (A Roda da Fortuna): Má sorte superada.
- XV (O Diabo): Impotência. Frigidez. Uma operação nos órgãos genitais.
- XVI (A Casa de Deus): Após A Casa de Deus, ambas em posição normal: o mesmo que na situação anterior, com a diferença de que o consulente toma consciência do erro que aconteceu. Antes da Casa de Deus, ambas na posição normal: o consulente constrói uma crença e age com a esperança de que poderá mantê-la; mas, no auge desse estado de espírito, tudo se desintegra, sem que ele saiba a razão. Em posição normal, antes da Casa de Deus invertida: os efeitos destruidores da Lua são ligeiramente atenuados. Antes da Casa de Deus, ambas invertidas: tentativa, sem sucesso, de “destruir” um estado de coisas; projetos abortados, malsucedidos; revelação de segredos graves, profundamente ocultos. Com A Casa de Deus na posição normal, haveria sucesso na tentativa de destruição; mas, na posição invertida, aqueles que provocaram o mal sofrerão suas consequências.
- XX (O Julgamento): Entrega física ou moral.
- XXI (O Mundo): As dificuldades são de curta duração.
- O Louco: Dor. Estresse.
Lucia
Extraído de:
Tarô de Marselha – Revista Almanaque Planeta Tarô, 6ª Edição, Jul/1989.
Fonte primordial:
hospedado no 4shared.com por pehemaas-br.blogspot.com
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