Tarô de Marselha
A Grã-Sacerdotisa (Sorte Real)
O Arcano da Sabedoria, da Gnose (Conhecimento, sabedoria. - Hist. Filos. Conhecimento esotérico e perfeito da divindade, e que se transmite por tradição e mediante ritos de iniciação) , do Princípio Receptivo.Descrição da simbologia — A segunda carta é representada por uma mulher — princípio passivo e feminino — que guarda a entrada do templo.
Simboliza a natureza, no sentido da geração oculta e formativa de todos os fenômenos que lhe são inerentes.
Na mitologia egípcia é figurada por Ísis, deusa da noite ligada a Osíris. Aparece sentada entre duas colunas, tendo sobre os joelhos um livro entreaberto, meio escondido sob o manto, significando que a sabedoria só se revela na solidão e àquele que se concentra em silêncio e em paz consigo mesmo.
A coluna direita é vermelha, solar, correspondente ao fogo, atividade do espírito na sua elevação acima da matéria.
A coluna esquerda é azul, lunar, representando a noite do caos, as trevas do espírito impuro, preso às coisas materiais.
A tiara que cinge a cabeça da Grã-Sacerdotisa tem um crescente lunar, símbolo das fases do mundo fenomênico, demonstrando com isso a predominância do princípio feminino.
A cruz solar que traz no peito exprime que a verdade foge aos olhares profanos.
O livro é o símbolo do próprio universo — “o universo é um imenso livro” —, cujos caracteres revelam os fenômenos essenciais divinos, escondidos no segredo dos segredos.
Representação abstrata — A geração do ato, o desenvolvimento em segredo, num ritmo mais lento que o do Mago.
A fecundidade secreta que assegura o crescimento. Intuição, percepção das coisas visíveis e invisíveis, sabedoria, meditação, interioridade ativa; modéstia, discrição, paciência, piedade, resignação.
Simboliza o mistério da maternidade, mas também a Grande Mãe — o eco, o reflexo, o conflito, a contraposição, a sombra.
No sentido negativo: rancor, dissimulação, intenções ocultas, intolerância, instabilidade emocional. Postula o crescimento e a fecundidade.
No conjunto, indica que toda concepção se realiza em ambiente fechado — o útero, o templo — onde se desenvolve o germe, o conhecimento.
Interpretações divinatórias — Sua presença no jogo significa fecundidade, imaginação, sabedoria em todos os planos e, consequentemente, deve ser considerada benéfica.
Tem o poder de multiplicar a força das cartas que a acompanham.
Renascimento; forças femininas em gestação.
No caso do consulente ser mulher, a carta a simboliza. A mulher, modelo do homem.
A Grã-Sacerdotisa é a lâmina mais simbólica de todo o tarô, surgindo sempre como uma recomendação para se buscar a verdade através do bem e para se guardar silêncio sobre os desejos, a fim de não expô-los à confusão dos homens.
RESUMO:
Também chamada de A Papisa, ou Juno.
Significado abstrato: intuição, forças ocultas e da natureza.
Significado prático: salvação, poder sobre os acontecimentos; algo escondido é revelado, propiciando força e certeza do triunfo sobre o mal.
Em posição invertida: a carta não perde seus poderes.
Moral: Senso de dever. Devoção familiar. Intuição.
Físico: Vitalidade diminuída, mas ainda flutuante. Problemas orgânicos.
Combinações com as Cartas:
- V (O Sumo Sacerdote): Desejos preenchidos. Recuperação bem sucedida.
- X (A Roda da Fortuna): Sucesso em todas as áreas. Futuro seguro e sucesso no domínio de algo ainda não conhecido.
- XIV (Temperança): Estabilidade e esperança para as coisas incertas. (Grã-Sacerdotisa invertida) Confusão, hesitação dificuldades quase insuperáveis.
- XV (O Diabo): Impossibilidade de mudar o destino. Tendência ao fracasso.
- XX (O Julgamento): Interessante revelação. Mudança de decisão.
- XXI (O Mundo): Triunfo sobre obstáculos.
- O Louco: Uma oportunidade perdida.
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Lucia Macedo
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