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Tarot - Carmina Burana - Roda da Fortuna

Tarot em Evidência!

A Canção e a Roda da Fortuna



Carmina Burana significa Canções de Benediktbeuern.
Em meio à secularização de 1803, um rolo de pergaminho com cerca de duzentos poemas e canções medievais, foi encontrado na biblioteca da antiga Abadia de Menediktbeuern, na Alta Baviera. 

Havia poemas dos monges e dos eruditos viajantes em latim medieval; versos no vernáculo do alemão da Alta Idade Média, e pinceladas de frâncico. 

O erudito de dialetos da Baviera, Johann Andreas Schmeller, editou a coleção em 1847, sob o título de Carmina Burana. Carl Orff, filho de uma antiga família de eruditos e militares de Munique, ainda muito novo familiarizou-se com esse códice de poesia medieval. 

Ele arranjou alguns dos poemas em um “happening” – as “Cantiones profane contoribus et choris cantandae comitantibus instrumnetis atque imaginibus magics”- de canções seculares para solistas e coros, acompanhados por instrumentos de imagens mágicas. 


A obra já é vista no sentido do teatro musical de Orff, como um lugar de magia, da busca de cultos e símbolos.

Esta cantata cênica é emoldurada por um símbolo de antigüidade – o conceito da roda-da-fortuna, em movimento perpétuo, trazendo alternadamente sorte e azar. Ela é uma parábola da vida humana, expostas a constantes transformações. 

O texto original de "O Fortuna", de Carmina Burana


"O Fortuna" é um latim medieval Goliardic poema escrito no início do século XIII, parte da coleção conhecida como a Carmina Burana . É uma reclamação sobre o destino, e Fortuna , a deusa da mitologia romana e personificação da sorte .


 FORTUNA IMPERATRIX MUNDI

Fortuna Imperatriz do Mundo

Ó Fortuna
és como a Lua
mutável,
sempre aumentas
e diminuis;
a detestável vida
ore escurece
e ora clareia
por brincadeira a mente;
miséria,
poder,
ela os funde como gelo.

Sorte monstruosa
e vazia,
tu – roda volúvel –
és má,
vã é a felicidade
sempre dissolúvel,
nebulosa
e velada
também a min contagias;
agora por brincadeira
o dorso nu
entrego à tua perversidade.

A sorte na saúde
e virtude
agora me é contrária.
e tira
mantendo sempre escravizado.
nesta hora
sem demora
tange a corda vibrante;
porque a sorte
abate o forte,
chorais todos comigo!

Carl Orff Lyrics

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Fortune plango vulnera 

Choro as Feridas da Fortuna

Choro as feridas infligidas pela Fortuna
com olhos lacrimejantes,
pois seu tributo de mim
cobra agressivamente;
Na verdade, está escrito
que a cabeça coberta de cabelos
a maior parte das vezes
revela-se, quando a ocasião se apresenta calva.

No trono da Fortuna
eu sentara, elevado,
coroado com as flores
multicoloridas da prosperidade;
apesar de ter florescido
feliz e abençoado,
agora do alto eu caio
privado de glória.

A roda da Fortuna gira;
eu desço, diminuído;
outro é levado ao alto;
lá no topo
senta-se o rei no ápice —
que ele tema a ruína!
pois sob o eixo lemos
o nome da rainha Hécuba.

Carl Orff Lyrics
" Fortune Plango Vulnera (tradução) "


Rainha Hécuba: uma peça do teatrólogo grego Euripides (~450 AC).
Hécuba, rainha de Tróia, se tornou escrava após seu país perder uma guerra.
Por isso, ela se transformou no símbolo da majestade e da desgraça.




ROTA FORTVNÆ
A Roda do Destino
Desenho bizantino da Idade Média
Bibliothèque Nationale de France (Dept. Estampes Ad 144 a)



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Lucia Macedo




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